19.8.13

Regressada

Família, jantares nas esplanadas, almoços de peixe fresquíssimo, muita conversa, praia da boa, com águas mornas e sol q.b., brincadeiras à beira-mar, bronze no ponto, cinema, música, comprinhas nos saldos, alegria e bem-estar, pôr-do-sol, noites frescas, brisas marítimas, caminhadas, arroz de marisco e muito, muito tempo para a menina da minha vida. Foram poucas, mas muito boas. Regressada e recuperadíssima! Baterias carregadas!

9.8.13

Delírios pré-férias

Uma pessoa ouve tanta coisa, vê tanta coisa e nunca está preparada para o impacto que causam. Penso sempre que já vi tudo, que já nada me surpreende, já nada me entristece naquele entristecer acompanhado de desilusão, mas não é verdade. A cada novo dia há sempre qualquer coisa que cai cá dentro como uma pequena mas eficaz granada. Destrói devagarinho, deixa estilhaços e fere. Não se incomodem que não é nada grave. Nada de irremediável. A não ser mesmo a tal inocência, que afinal parece que ainda tenho e que vou perdendo, todos os dias.

Acredito que o meu mal é fartura. Fartura desta vidinha de pobre/trabalhadora/mãe/mulher. Isto depois das férias passa. A ver vamos. Com licença que vou ali "tirar uns dias", que isso de ir de férias é coisa de rico e desimpedido.

8.8.13

Escolhas

Muitos questionam a minha mudança de vida, de lugar, de relação, de emprego que escolhi fazer há 5 anos atrás. A minha mãe espanta-se e fala muitas vezes na facilidade que tive em adaptar-me a um lugar como Beja, quando toda a minha vida tinha vivido perto do mar. Os amigos questionam-se como consigo viver num sítio tão "parado", quando ando sempre a mil e quinhentos. Pois bem, pretendo desmistificar tudo isso hoje mesmo, no dia em que faz precisamente 5 anos que me mudei para este novo "meu" lugar.
Em Beja não há mar, não há ruas "a direito", não há peixe fresco, acabado de apanhar nem sequer marisco "dali". Não há cheiro a maresia, não há esplanadas com brisa fresca, não há cerveja Cristal e xaputa foi coisa que nunca vi à venda. Nem tremelga. Nem pata-roxa. Mas em Beja há planícies lindíssima, cobertas de flores brancas, amarelas, roxas e, dependendo dos sítios, gigantes girassóis! Há pores do sol lindíssimos, céus nocturnos incríveis, sopas, migas, gaspachos e ervas aromáticas como nunca tinha visto. Há um tempo que passa mais devagar. E não há trânsito difícil. E não há filas. e não há dificuldade em estacionar. Pode "brincar-se na rua. Deixa-se a porta de casa aberta. dorme-se de janela aberta mesmo num rés-do-chão. E depois há o amor dos meus, do meu marido, da minha filha. De alguns amigos e até mesmo da família que, apesar de longe, está sempre, claro está, no coração. E não há mais perto que isso.
Sou muito feliz aqui. E, sinceramente, não faço questão nenhuma em voltar a morar no Algarve. Sabe muito melhor fazer como metade dos portugueses e ir apenas de fim-de-semana ou nas férias.
Sim, sou feliz em Beja! E até já "pari" aqui uma alentejanita linda, fofa e com um sotaque alentejano de mijar a rir! :)

5.8.13

Todo o desejo num abraço

Por muito que me esforce, nunca sei como desejar o melhor para aqueles que amo. E acabo sempre por permanecer embrulhada nas piores palavras para a situação. E é então que opto pelo simples e completo  abraço apertado! Não fica a faltar nada. Um abraço diz tudo.

2.8.13

Coisas que nunca ( ) mas que sempre ( )

Começa agora uma nova forma (para mim), de me "obrigar" a ser mais assídua aqui. A série "Coisas que nunca ( ) mas que sempre ( )"  permite-me encaixar ali no meio dos parêntesis o que eu bem quiser e entender. Hoje, por exemplo serão as palavras "contei" e "fiz". Ou seja: Coisas que nunca contei mas que sempre fiz. Aqui vai:

Todos os dias de manhã, imediatamente antes de sair de perto da minha filha, dou-lhe um beijo forte e, se ela deixar, um abraço e, em segredo para comigo mesma, repito três vezes "Amo-te muito, amo-te sempre". Quero ter sempre a certeza que o "disse", que ela "ouviu" e sentiu o meu amor. Só para o caso de o pior acontecer e, por algum motivo aquele possa ser o nosso último momento juntas.

Agora que verbalizo isto vejo o quão ridículo, a roçar a esquizoftrenia, isto é.