Sempre Inocentes. Do princípio das Coisas. Do nunca terminar um feito. Do jamais desistir de um sonho. Do sonhar sem destino. Do mundo. Das coisas. Das pessoas.
2.8.04
Gotas Salgadas
Ainda tiveste tempo de me recomendar a música como companheira de viagem. Com as malas já arrumadas na bagageira, tinha mãos suficientes para te agarrar pela última vez antes da próxima.
Obrigaste-me a levar a maçã verde e ácida. Servir-me-ia de alimento. Proibiste-me de levar o bonsai. Por muito que lhe falasse, não me responderia às dúvidas.
Para ali ficámos deitados ao desejo de nos prendermos à terra, transladarmos ao seu ritmo, devagar.
As palavras faltaram, mas o silêncio nada incomodou. A humidade da tua boca contagiou os meus olhos, que rapidamente se vazaram de lágrimas.
E sabiam a sal.
Como o teu corpo nas noites de amor.
Como o mar nas tardes de verão.
Como a picanha que um dia experimentámos numa esplanada.
Sabiam a Amor. Um amor salgado. Quase apimentado.
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