Fugindo à fórmula original deste espaço, falarei num discurso directo. E por que não?
2004 tem sido um ano cão. Muitos projectos, é verdade, mas ainda poucos frutos. Muitos pretensos amigos, mas ainda poucas certezas. No entanto, e apesar da "má onda" que inundou a minha vida, não consigo deixar de pensar positivo. Mantenho o sorriso, a vontade, a força e a certeza de que um dia melhor virá amanhã. É também verdade que tenho dias maus, muito maus [ouviu, FA? :)] mas, repito, não consigo deixar-me consumir por isso. Ainda bem, certo? Certo!
Hoje dei por mim a pensar nisto e cheguei à conclusão que cresci muito. E não me apetecia nada ter crescido. Mas crescer faz-nos descobrir coisas interessantíssimas acerca de nós mesmos. Descobri que o meu pai sempre teve razão quando dizia "não confies nas pessoas com tanto coração!". Descobri que a minha mãe é a minha melhor amiga. Descobri que é cada vez mais lindo ser tia. Descobri o Amor. Descobri que prefiro o espiritual ao material. Descobri que a minha viola pode ser boa companhia quando não consigo dormir às 3 da manhã. Descobri que há pessoas que não valem nem sequer um cagalhão.
E depois descobri que não quero fazer jornalismo o resto da minha vida. Descobri que quero ter uma vida normal. Descobri que os doutoramentos em Sevilha só custam 300/400 contos.
Descobri que a "Brida" de Paulo Coelho me faz bem como "livro-para ler-excertos-ao-acaso-sem-ligar-à-história". Descobri que Luís Represas e Mafalda Veiga me acalmam cada vez mais. Descobri que o design pode ter nascido dentro de mim. Descobri que Ana Carolina tem uma voz incrível e uma voz linda.
E descobri esta música que, no fundo, era a razão deste post: Encostar na tua".
E aqui ficam duas pequenas frases da mesma:
"Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada"
"Eu só quero saber em qual rua, minha vida vai encostar na tua"
"Eu só quero saber em qual rua, minha vida vai encostar na tua"
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