30.9.04

Descobertas recentes

Fugindo à fórmula original deste espaço, falarei num discurso directo. E por que não?
2004 tem sido um ano cão. Muitos projectos, é verdade, mas ainda poucos frutos. Muitos pretensos amigos, mas ainda poucas certezas. No entanto, e apesar da "má onda" que inundou a minha vida, não consigo deixar de pensar positivo. Mantenho o sorriso, a vontade, a força e a certeza de que um dia melhor virá amanhã. É também verdade que tenho dias maus, muito maus [ouviu, FA? :)] mas, repito, não consigo deixar-me consumir por isso. Ainda bem, certo? Certo!
Hoje dei por mim a pensar nisto e cheguei à conclusão que cresci muito. E não me apetecia nada ter crescido. Mas crescer faz-nos descobrir coisas interessantíssimas acerca de nós mesmos. Descobri que o meu pai sempre teve razão quando dizia "não confies nas pessoas com tanto coração!". Descobri que a minha mãe é a minha melhor amiga. Descobri que é cada vez mais lindo ser tia. Descobri o Amor. Descobri que prefiro o espiritual ao material. Descobri que a minha viola pode ser boa companhia quando não consigo dormir às 3 da manhã. Descobri que há pessoas que não valem nem sequer um cagalhão.
E depois descobri que não quero fazer jornalismo o resto da minha vida. Descobri que quero ter uma vida normal. Descobri que os doutoramentos em Sevilha só custam 300/400 contos.
Descobri que a "Brida" de Paulo Coelho me faz bem como "livro-para ler-excertos-ao-acaso-sem-ligar-à-história". Descobri que Luís Represas e Mafalda Veiga me acalmam cada vez mais. Descobri que o design pode ter nascido dentro de mim. Descobri que Ana Carolina tem uma voz incrível e uma voz linda.
E descobri esta música que, no fundo, era a razão deste post: Encostar na tua".
E aqui ficam duas pequenas frases da mesma:
"Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada"
"Eu só quero saber em qual rua, minha vida vai encostar na tua"

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