6.12.04

Preisner, sons e emoção


A simbiose que desconhecia e que fiquei a amar, ao conhecer pessoalmente o senhor Preisner. Zbigniew Preisner. Primeiro ouvi-lo falar com a mais verdadeira modéstia sobre a sua obra vastíssima na composição de bandas sonoras. Depois ao vê-lo corar quando o público o aplaudio de pé. Depois ainda vê-lo fugir das pessoas que o elogiaram. Depois cá fora, quando trocámos palavras breves. Quando o levámos ao hotel, por ficar de caminho. Depois quando nos cruzámos novamente no final da noite. Ele e nós, já com os copos. Foi uma sensação de empatia à primeira. Uma sensação de veneração por sabê-lo tão grandioso na arte de fazer música. Sublime, quase. A trilogia Azul, Vermelho e Branco, a Dupla Vida de Verónique, Secret Garden e outros filmes que apenas conhecia de nome, passaram a fazer parte daquelas coisas que vou levar comigo até à velhice.
Preisner apaixonou-me. Mostrou-me o quão importantes podem ser as bandas sonoras em determinados filmes. Em como há imagens que só acompanhadas de melodias simples, intensas e profundas fazem sentido.
Fiquei fã, no passado dia 3, nos VIII Encontros de Cinema, no lindíssimo Teatro Lethes, em Faro.

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