18.8.05

Pausa nocturna

Esta noite acordei às 04h46, sem sono. Doía-me a gengiva, lá atrás, no sítio onde, supostamente, não poderá nascer nem mais um dente. Já os tenho todos. Mas dói. E doía-me, quando me levantei. Bebi água fresca, que me aligeirou a dor. Estava calor, a ventoinha incomodava-me, levantei-me. Fui à varanda. Ouvi um silêncio quase absoluto. Não se sentia presença humana. Ouvi galos a cantar, grilos, corujas, cães a ladrar lá ao fundo. O céu estava muito estrelado e identifiquei algo que podia ser um satélite, pela cor. Estive por ali cerca de 20 minutos. Senti-me como há muito não acontecia: cheia de coisas dentro do peito, daquelas boas, que não sabemos o que é. Uma força incrível, uma harmonia, tranquilidade. Acho que senti paz. Daquela que falta no mundo dos Homens mas abunda na natureza. Senti-me melhor. A dor passou. Fui deitar-me. Dormi como um anjinho!

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