18.12.05

Desistir

Agora que penso nisso, percebo que as únicas vezes que desisti de algo foi por cansaço. O que me cansa são jogos de paciência manual, em que se tenta, por exemplo, um cubo por um orifício pequeno demais em forma de círculo. Para além disso, cansam-me as pessoas que acreditam piamente que a vida já lhes ensinou tudo o que podiam aprender. E que recusam ver o mundo com outro olhar. Cansam-me as pessoas que são "assim" e gostam de ser "assim" e que afirmam que niguém as pode mudar. Mas que no fundo sabem que não é bom ser-se "assim". E que acabam por viver a vida inteira "assim" porque não querem aprender a ser "assado". Cansam-me as pessoas intransigentes, adversas à mudanças, impenetráveis.
Tirando tudo isto, julgo que pouca coisa me cansa. Da mesma forma que não me recordo de ter desistido de algo que não de quebra-cabeças chatos e pessoas feitas de pré-conceitos sobre o ser "assim".

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