Deixa-me rir!
Tu nunca lambeste uma lágrima
Julgaste sempre que o teu rosto não suportaria tamanha vergonha.
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Não lhe conheces o sal, não sabes que pode ser doce.
Nunca seguiste a sua pista
E por isso não sabes que às vezes rola até ao peito,
Do regaço à nascente
E espalha-se no chão.
Não me venhas falar de amor
tu, que nunca lambeste uma lágrima.
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*Excerto de 'Deixa-me Rir', de Jorge Palma
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