3.8.07

a canção da partilha e dos abraços

Há músicas que dizem as palavras que nunca disse. Que talvez venha a dizer. Quem dera poder partilhar sentimentos desta forma.

“Encosta-te a mim, nós já vivemos cem mil anos. Encosta-te a mim, talvez eu esteja a exagerar. Encosta-te a mim, dá cabo dos teus desenganos, não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar... Chegado da guerra, fiz tudo p'ra sobreviver, em nome da terra, no fundo p'ra te merecer... recebe-me bem, não desencantes os meus passos, faz de mim o teu herói, não quero adormecer.
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo. O que não vivi, hei-de inventar contigo. Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar mas... quero-te bem! Encosta-te a mim...
Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes. Vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal. Recebe esta pomba que não está armadilhada: foi comprada, foi roubada, seja como for...
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis em nome da estrada onde só quero ser feliz! Enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada, vai beijar o homem-bomba, quero adormecer. Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo o que não vivi, um dia hei-de inventar... contigo! sei que não sei, às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem... encosta-te a mim.”

Encosta-te a mim, by Jorge Palma

Sem ser em forma de canção, porque me parece melhor... Só por isso...

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