Daqui por um ano, como estará a minha vida?
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Sempre Inocentes. Do princípio das Coisas. Do nunca terminar um feito. Do jamais desistir de um sonho. Do sonhar sem destino. Do mundo. Das coisas. Das pessoas.
24.6.08
17.6.08
Verdade, verdadinha
Cabe-nos a nós próprios tratar da nossa vida. Nem destino, nem deuses, nem professores bambu poderão mudar o que está na nossa mão: o caminho certo a percorrer.
Vivemos. Temos de viver. Um dia melhor, outro pior. É assim. Mas temos de viver. Eu, pelo menos, quero muito viver. E bem. Viver muito e bem.
E é isto: podemos escolher viver bem ou viver mal. Eu escolho viver bem. De acordo com as minhas emoções. De acordo com aquilo em que acredito: que é possível ser feliz, todos os dias, um bocadinho.
Vivemos. Temos de viver. Um dia melhor, outro pior. É assim. Mas temos de viver. Eu, pelo menos, quero muito viver. E bem. Viver muito e bem.
E é isto: podemos escolher viver bem ou viver mal. Eu escolho viver bem. De acordo com as minhas emoções. De acordo com aquilo em que acredito: que é possível ser feliz, todos os dias, um bocadinho.
16.6.08
29 DIAS DE VIDA
Desde o passado dia 19 de Maio, data do meu último post e em menos de um mês aconteceram assim coisas do outro mundo na minha vida.
Dizia eu que precisava de um boom na minha vida? Pois bem, recebi-o quase de uma só vez.
- Dia 23 de Maio - Fiz 28 anos - sinto-me mais velha, naturalmente, e com menos tempo para cumprir todos os meus sonhos.
- Dia 27 de Maio - Decidi que quero ser feliz enquanto cá estiver nesta vida, e na sequência desta certeza, apresentei a carta de demissão no trabalho. Tenho direito a ser feliz.
- Dia 29 de Maio - o meu pai é transferido do internamento de pneumologia para as urgências (!!) do Hospital de Faro em estado grave: baço dilatado, cansaço extremo. Estado confusional, hipoglicémia.
- Dia 30 de Maio - Ao espirrar, dou um jeito nas costas que me impossibilitou de caminhar. Tomo dois Voltaren, e sigo para o trabalho. Liguei à amiga que casava no dia seguinte. O estado de saúde do meu pai e a minha dor talvez me impedissem de ir ao casamento...
- Dia 31 de Maio - casou-se uma das amigas do coração. O pai melhorou, a dor nas costas também. Segui para Albufeira e o dia foi lindo. Partilhar a alegria de duas pessoas que se amam é uma honra e uma alegria ainda maior.
- Dia 03 de Junho - O estado de saúde do meu pai leva-me a visitá-lo no Piso de Medicina I. Saí a chorar. Cor amarela, olhos mortiços, dificuldade em respirar, grave infecção hepática. Gânglios cancerígenos no abdómen. Linfoma ou Leucemia? Perda de peso, falta de apetite, forte obstipação.
- Dia 04 de Junho - Antes de seguir viagem para Lisboa em trabalho, que me afastariam do Algarve durante 16 dias, volto ao Hospital. Despedi-me, para sempre do meu pai. Acreditei que, quando voltasse, já não o voltaria a ver. Os médicos advertiram-nos da gravidade da situação.
- Dia 05 de Junho - Em Lisboa recebo um telefonema da minha irmã, às 14h50. O meu pai deixou-nos. Para sempre.
...
No espaço de ano e meio, o meu lar, a minha família, que antes era grande e alegre, perdeu três membros. Avó, irmã e pai. A minha mãe perdeu, por consequência, a sua mãe, uma filha e o marido, companheiro de 40 anos de vida. E assim, num ápice mais atroz do que se possa sequer imaginar, ficamos reduzidos a três. Agora sou eu, a minha irmã mais velha e a minha mãe. Que está triste, cansada de perder partes de si. E nós, as manas que nem sempre se deram bem mas que agora fazem o esforço tremendo de manter a mãe ocupada, menos triste, menos cansada, menos desmembrada.
...
Não é fácil, mas conseguiremos fazer desta, uma melhor família.
Dizia eu que precisava de um boom na minha vida? Pois bem, recebi-o quase de uma só vez.
- Dia 23 de Maio - Fiz 28 anos - sinto-me mais velha, naturalmente, e com menos tempo para cumprir todos os meus sonhos.
- Dia 27 de Maio - Decidi que quero ser feliz enquanto cá estiver nesta vida, e na sequência desta certeza, apresentei a carta de demissão no trabalho. Tenho direito a ser feliz.
- Dia 29 de Maio - o meu pai é transferido do internamento de pneumologia para as urgências (!!) do Hospital de Faro em estado grave: baço dilatado, cansaço extremo. Estado confusional, hipoglicémia.
- Dia 30 de Maio - Ao espirrar, dou um jeito nas costas que me impossibilitou de caminhar. Tomo dois Voltaren, e sigo para o trabalho. Liguei à amiga que casava no dia seguinte. O estado de saúde do meu pai e a minha dor talvez me impedissem de ir ao casamento...
- Dia 31 de Maio - casou-se uma das amigas do coração. O pai melhorou, a dor nas costas também. Segui para Albufeira e o dia foi lindo. Partilhar a alegria de duas pessoas que se amam é uma honra e uma alegria ainda maior.
- Dia 03 de Junho - O estado de saúde do meu pai leva-me a visitá-lo no Piso de Medicina I. Saí a chorar. Cor amarela, olhos mortiços, dificuldade em respirar, grave infecção hepática. Gânglios cancerígenos no abdómen. Linfoma ou Leucemia? Perda de peso, falta de apetite, forte obstipação.
- Dia 04 de Junho - Antes de seguir viagem para Lisboa em trabalho, que me afastariam do Algarve durante 16 dias, volto ao Hospital. Despedi-me, para sempre do meu pai. Acreditei que, quando voltasse, já não o voltaria a ver. Os médicos advertiram-nos da gravidade da situação.
- Dia 05 de Junho - Em Lisboa recebo um telefonema da minha irmã, às 14h50. O meu pai deixou-nos. Para sempre.
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No espaço de ano e meio, o meu lar, a minha família, que antes era grande e alegre, perdeu três membros. Avó, irmã e pai. A minha mãe perdeu, por consequência, a sua mãe, uma filha e o marido, companheiro de 40 anos de vida. E assim, num ápice mais atroz do que se possa sequer imaginar, ficamos reduzidos a três. Agora sou eu, a minha irmã mais velha e a minha mãe. Que está triste, cansada de perder partes de si. E nós, as manas que nem sempre se deram bem mas que agora fazem o esforço tremendo de manter a mãe ocupada, menos triste, menos cansada, menos desmembrada.
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Não é fácil, mas conseguiremos fazer desta, uma melhor família.
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