Trazia na alma a canção da manhã e no olhar a discussão da noite anterior. Tudo se resolvera na cama, como acontece com as pessoas que não amam. Mas amava. E não compreendia a solidão que teimava em manifestar-se.
Bebeu o café no sítio do costume, encontrou o homem lindo que bebia descafeinado às 8h55, esperou pelas 9h00 e largou 50 cêntimos em cima da mesa. Depois da porta do café da esquina era a selva. O barulho ensurdecedor, o cheiro a mortos-vivos, a cor amarela da cidade.
Baixou os óculos escuros até aos olhos, suspirou e fez-se à calçada. Evitou pisar a merda espalhada pelo chão, não tirou as mãos dos bolsos e acabou por chegar ao destino.
a canção da manhã continuava na alma, mas o olhar era agora de quem vampiriza a alma dos outros. Solidão, raiva, embargo na voz e uma tristeza imensa.
Segunda-feira.
2 comentários:
Fsshhhhhh!!!! Pum! Sssccchhhiiiiii!!!! Pum!
SSchhhhhhhhhh!!! Pum!
Olha uma prosa nova da Softy!!!
Pipi das Meias Altas
ahahahahah! Demais, Pipi! E olha, não é uma! são três! ajhahahahah! :P
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