19.7.16

Pertences

Vejo-vos crescer e só me apetece arrancar os ponteiros do relógio, num gesto último de desespero. Esta vontade parva de vos querer sempre meus, não vos entregar ao mundo e ao tempo, aos outros e à vida. É que sei que o nosso amor é ténue, que o meu por vocês será sempre maior que o vosso por mim. Sei que vos pertenço, mas que vocês pertencem ao mundo.
Egoísta aquele que inventou o amor de mãe, decerto era filho.

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