Apagou as luzes e abriu as cortinas para deixar entrar as cores daquela noite. Perfumou o copo de vinho, lançou no ar as notas da música, balbuciou as letras das palavras importantes. Estava ocupado.
Ela deteve-se presa à cadeira que a sustinha. Vestida apenas de luz e sombra, despiu-se de preconceitos. Brincou com o cabelo. Segurava-o em pequenas mechas, enrodilhava-as nos dedos, soltava-o. O ritual repetia-se. Estava ocupada.
Naquela noite, de cores pálidas, não fizeram amor.
Sem comentários:
Enviar um comentário