23.7.04

Sempre fui assim,

frágil, desprotegida e crédula. Sempre assim. Acreditar no melhor, vendo o pior. Esperar o demais, obtendo os restos. Procurar o Amor, encontrando a ilusão.
Apaixonei-me sempre muito facilmente. E pelas coisas mais simples. Pela música, pelo vento quente, pela chuva miudinha que se cola à pele, pelos cheiros adociados, pela areia colada aos pés depois do mergulho, pelas palavras bonitas dos literados. Apaixonei-me por homens tão diferentes como a lua do sol. E amei-os a todos, a cada um de maneira distinta.
Sempre apaixonada, pensei tempo demais que a felicidade existisse, na sua mais pura forma e plenitude. Depois conheci o Amor. E percebi as artimanhas da paixão.
O que mudou? Passei a amar a música, o vento quente, a chuva miudinha que se cola à pele, os cheiros adociados, a areia colada aos pés depois do mergulho, as palavras bonitas dos literados. E passei a perceber que a felicidade existe, de mãos dadas com o Amor.

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