16.2.05

Bastet

Menina, mulher. Gata, leoa. Flor e espinho. São as primeiras palavras que me ocorrem quando penso em ti, desta forma abstracta, pois que não te conheço. Não sei como és, de que cor são os teus olhos. Mas imagino-os doces nos momentos partilhados com o teu rebento. Imagino-te mulher forte, com força de leoa, ar de criança e doçura de gata melosa.
Tento desenhar-te sentada no trabalho (será que trabalhas sentada?) e vejo que és reservada. Não dás grande confiança. Mas quando amas... explode o peito em regatos de cores vivas, brilhantes.
Acho que ouves muita música, mais do que vês televisão. Acho também que quando chegas a casa acendes as luzes todas, à procura de uma companhia que já tiveste perto de ti.
E digo tudo de graça, sem saber onde está a verdade ou se ela existe.
Se te vestisse como te imagino, usarias jardineiras de ganga larga, com t-shirts coloridas. E andarias sempre de sandálias, com caracóis despenteados e uma inocência de menina e sensualidade de mulher.
Desprendida, inteligente, especial e virtuosa. São as últimas palvras que me ocorrem quando penso em ti, desta forma abstracta, pois que não te conheço.
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Para ti, Bastet

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