14.2.07

O valentão

Conhecia-lhe os gestos de cor, o cheiro a milhas e as curvas do corpo de olhos fechados. Era Amor que sentia. Não se tratava apenas de uma capacidade telepática. Era antes uma benção. Não é fácil encontrar a cara-metade. Mas sabia que, a partir do momento em que o vira, o mundo deixaria de ser uma incerteza e passaria a ser o ninho do seu Amor. Haviam passado por momentos de angústia, de dor, de saudade infinita. Mas, juntos, haviam sabido ultrapassar cada obstáculo. Era isso, afinal, o Amor. E nada tinha de Valentim. Era o Amor, o valentão. Resistente a tudo e a todos.

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