Para mim, cumplicidade é a palavra que melhor define uma relação feliz. Seja com quem for, a bendita relação. Cumplicidade. Porque acho que é disso que se fala, quando atiramos com um "amor", "amizade" ou "companheirismo".
Cumplicidade. CUMPLICIDADE. Até agosto de a dizer, da forma como me soa aos ouvidos e ao coração. Existirão, claro está, outras coisas necessárias a uma boa relação. Compreensão. Tolerância. Amor, claro. Mas sem cumplicidade... nãm... não me convecem.
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Mantive uma relação durante 7 anos. Fomos cúmplices, pois claro. Nalgumas coisas, noutras nem tanto. Daí que conjugue o verbo num pretérito perfeito: mantive - já não mantenho. Fomos cúmplices, por exemplo, quando permitimos que a relação acabasse. Sim, que a culpa nunca é de um só. Nunca. E este nunca é daqueles que se podem dizer, sem risco de virmos a pagar pela língua. Uma relação pressupõe dois. O fim de uma relação, por consequência, também. E sim, nesse momento também fomos cúmplices. Naquela cumplicidade absurda de remarmos juntos em direcção ao fundo.
Acabou, e estou feliz por isso. Arranjei outro cúmplice.
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E neste momento tenho na minha cabeça uma imagem de filmes de cowboys, norte-americano: o meu cúmplice de agora gosta do céu azul, dos dias amenos, das noites longas e de cowboyadas alegres, arriscadas e gritadas ao vento! É um cowboy, perdão..., cúmplice, bem disposto, de bem consigo, com os outros, com a vida! E esse sim, é o meu cúmplice de eleição.
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Pegando na ideia de um post daqui, não resisto a afirmar, novamente:
"O encantamento é natural nas relações frescas. E, contra tudo aquilo que a vida me tem ensinado e que os mais vividos dizem, a minha opinião é esta: arrisque, viva muito intensamente e não coloque travões. O Amor não cresce, a vida não se vive e a partilha não surge se assim não for. E sabe que mais? As minhas paredes têm ainda muito que contar, dois anos e meio depois dessa euforia inicial. Afinal, não é sempre assim, só inicial. Se quisermos, se arriscarmos, se não colocarmos travões, a "coisa" pode demorar! E é tão bom, continuar a receber o beijo da manhã, os mimos íntimos, os segredos ao ouvido... Tudo isso, dois anos e meio depois! Sim, é possível!Deixe-se Amar! Sem reservas!"
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A cumplicidade entre nós está longe de poder ser explicada num blog. Vivo-a a cada momento. E os momentos não se dizem.
2 comentários:
Só para confirmar o que disseste vou contar uma small story.
Há uns anos atrás, disseram-me assim: vê-se mesmo que só andam há duas semanas. Hoje ainda ouço a mesma pessoa dizer-nos o mesmo! Já lá vão quase 8 anos! O que nos une? A cumplicidade...
Bem... que dizer deste post??? Estás feliz??? Bem, se estás feliz, então eu tembém fico mais um bocadinho feliz...
Pipi das Meias Altas
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