30.1.13

Ora, sem querer dramatizar nem ser lamechas, recordo que desde 2008 que não morre ninguém próximo de mim. Sim, fiquei traumatizada com as 3 mortes que ocorreram entre Outubro de 2006 e Junho de 2008 na minha vida e, sem me aperceber, tornei-me medrosa. (atenção, não é merdosa, 'tá?) Sempre que tenho uma dor, uma "pontada", um mau-estar... fico logo a pensar nas doenças más cujos sintomas podem ser esses. Não chega a ser hiponcondria, mas é quase.
Além disso, Janeiro também foi um mês de sempre detestei (por ser também um mês associado a mortes. Sempre até que o deixou de ser. Há dois anos. Faz amanhã dois anos que o feitiço se quebrou.
A minha luz nasceu no último dia desse mês que, até então, me fazia andar a contar os dias devagarinho para ver se nada acontecia. A vida ( e a vinda) da minha filha mudou a minha visão da vida. E também da morte. A vida da minha filha mudou tudo, aliás. E já faz amanhã dois anos que o meu mundo muda todos os dias.

4 comentários:

Carina disse...

E já passaram 2 anos. Lembro-me como se fosse ontem... e o que eu chorei de alegria :) Estou cada vez mais lamechas, mas enfim :)
Beijinhos

Mité disse...

A Vida é assim tira-nos e dá-nos muita coisa,nada substitui ninguém porque cada pessoa tem o seu lugar, mas um filho (a) é uma benção. Muda tudo, a nossa forma de ver, de sentir e até a forma como vimos o futuro . Viver cada segundo, estar atenta, e ser a mãe, a amiga e a cumplice faz de nós melhores pessoas! Beijinhos e faz tudo para a tua filha um dia se orgulhar da mãe que tem ! Parabéns e muitos beijinhos para os três!

jfarinha disse...

Olá,
sou capaz de compreende o que sente porque os meus últimos três anos foram também marcados pelo ciclo da vida e da morte. Em 2010 morreu o meu pai, em 2011 nasceu a minha filha, em 2012 morreu a minha mãe, que ainda teve a felicidade de dar algum colo á netinha...
José Farinha

Amaral disse...

A verdade é que a vida é isso mesmo: a recriação de si própria. Quando algo "morre", é certo que algo vai (re)nascer...
O temor que todos sentimos terá a ver com o desconhecido... com aquilo que não entendemos, mas sabemos (porque está à nossa beira) que vai acontecer.
É gratificante, enternecedor e glorioso acontecer-nos o "milagre" da vida. Isto é, acontecer connosco, que perdemos do nosso convívio coisas e pessoas tão amadas, a ternura de recebermos nos braços a dádiva que é força da natureza - uma vida nova e nossa!