30.6.05

leituras, II

"Ficou-me na vida o voo da perdiz, que adeja com muita força, mas tem um voo muito curto, o suficiente para escapar ao tiro e voltar à moita. Há muito tempo que não preciso de transcendências, nem religiões, nem ideologias, portanto, no meu voo curto, apenas peço para manter-me num cantinho longe dos disparos."
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José Luís Cuerdo, realizador e guionista espanhol, lido no DN

29.6.05

Cânticos

Quando a força das marés não te trouxer a porto seguro, canta!, como as sereias! Virei por ti!

leituras

"Daqui vê-se o mundo, cheio de algo que não sei,
mas que sinto,
mas que achei"
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João Rui de Sousa, lido no DN

28.6.05

Trabalho

Trabalho desde os 10. Trabalho, portanto, há 15. Sempre tive ordenado. Desde os 10. Nunca gozei férias de três meses, no Verão, nem da Páscoa, nem do Natal. E sempre gostei de trabalhar. E hoje, confesso, estou verdadeiramente a gostar de trabalhar. O ambiente de trabalho, o trabalho em si, os colegas, os superiores e o ordenado talvez contribuam para isso!
Desculpem lá os preguiçosos, mas eu adoro trabalhar!

Paisagem

A vida preparou para hoje um dia lindo, visto deste lado da redacção. [adoro janelas]
Há uma nuvem branca, muito branca, a cobrir parte da seera e, através dela, passa a luz fortíssima do sol, que hoje brilha mesmo com brilho. Não vai estar propriamente calor, mas vai ser um lindo dia de Verão precoce.
Que lindo que isto é visto daqui... Imaginem, e depois entendam que é melhor ainda...

27.6.05

Praia

Não sei ser tão pura como quando estou na praia. Julgo que fui parte disto numa vida passada, talvez. Sinto-me em perfeita harmonia comigo, com o céu, com a areia, com o mundo... e às vezes quase sinto que me fundo com o mar, na praia. Independentemente da hora do dia ou da noite, da estação do ano ou da companhia. Sinto-me perfeita, em sintonia com tudo, na praia. Sinto-me una, total, completa. Sinto-me parte do mundo. Sinto-me praia. Sou praia.
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Com os seios soltos da blusa, livres de matéria física que os acondicione, sinto os grãos de areia fundirem-se com a pele sensível dos mamilos. E só a água do mar tem o poder de lhes atribuir sabor. A sal. A mar. A vida.

Construções na areia

Ergo na areia um castelo de incertezas. Penso no futuro como algo incompleto, mas que me completa. Serei eu a criadora da obra futura da minha existência. E fico com a ideia de que será sempre uma obra inacabada, incompleta.

24.6.05

Hoje é um daqueles dias,

em que me apetece engolir o mundo e arrotar de satisfação. Há dias assim, em que me apetece ser maior e conseguir absorver tudo o que há de maravilhoso por cá.

Nua


Despe-me. Sem pudor. Toca-me.
Leva-me para lá.
Onde me fazes feliz.
Perde-te por mim.




foto by Victor Melo

23.6.05

Casa de Cacela, dia 1 de Julho

Primeiro pensei: "Que coincidência!", mas depois percebi: "Que parva que sou!". Espero bem não estar enganada, porque senão, JCB, vou fazer um escândalo! É que já fiz planos!!! Pergunto eu, baixinho, para ninguém ouvir: é muito caro?

Boa sorte!!!

Nós dois

Posso-te sorrir no escuro e pensar que tu nem vês. Posso-te beijar com os olhos e pensar que tu nem sentes. Desenhar todas as curvas de que é feito o teu corpo. Penetrar-te nos teus sonhos, com a ponta dos meu dedos.
(...)
Com os seios de seduzes, com os braços tu me apertas. Com as ancas me conduzes, como o mar e as descobertas, abertas.
Que vai ser de nós dois? O que virá depois?
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by Xutos e Pontapés

22.6.05

Vertigens

Encavalitada nos ombros do pai, costumava sentir-se mais mulher. Via o mundo de uma outra perspectiva. Tudo lhe parecia mais pequenino e, por isso, sentia-se grande. Começou a exigir andar sempre no alto. Chegou, até, a sentir-se superior. Nos ombros do pai ninguém a parava. Chegava quase ao tecto - que sonho! Com a habituação às alturas, começou a perceber que podia, um dia, cair. Dar um trambolhão. Cair de redondo no chão. Magoar-se. Analisou a coisa da sua antiga perspectiva. Entendeu que caindo do alto dos seus 80 centímetros magoar-se-ia muito menos.
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Renegou ao estatuto e voltou a sentir-se pequenina. Mas tranquila.

21.6.05

É bom, parte II


O Verão - o meu Verão, tão amado - chegou esta manhã, às 06h45m. Mais logo, a Lua - a minha Lua, tão amada, estará cheia às 04h14m. Estou que não posso. estou frenética. Tranquila. Feliz.

É bom

Sabe bem acordar fresquinha depois de uma noite bem dormida. Sabe bem entrar no duche com a água tépida, lavar freneticamente os cabelos e sentir o cheiro maravilhoso do champô. Sabe bem ter o pequeno-almoço à minha espera na cozinha, acompanhado de um sorriso familiar. Sabe bem ligar o som e ouvir chill out tranquilo, enquanto visto roupa fresca. sabe bem não apanhar trânsito, chegar 10 minutos mais cedo, beber café e respirar fundo os ares da serra. Sabe bem vir trabalhar e encontrar toda a gente bem disposta. Há dias que valem mesmo a pena. Sabe bem. É bom.

20.6.05

Não percebo...

Quanto mais tempo livre tenho, mais cansada ando... é o desejo de viver tudo ao mesmo tempo! Hoje doi-me tudo. Mesmo tudo, acreditem. Até o polegar esquerdo. Mas bebi vida suficiente para a próxima década!

17.6.05

Fui

e não prometo voltar. É que a ilha de Tavira é como a água Freeze: provoca coisas nas pessoas!!!
Um grande fim-de-semana para todos e... pode ser que nos voltemos a "ler"!

16.6.05

Amigos

Aqui está a confirmação de algo em que SEMPRE acreditei:
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"Ter bons amigos prolonga a vida, revela estudo
Um estudo realizado por um centro de pesquisas autraliano e publicado no Journal of Epidemiology e Community Health afirma que ter bons amigos pode prolongar a vida. Intitulado «Estudo Longitudinal do Envelhecimento na Austrália, o trabalho analisou mais de 1,5 mil pessoas com mais de 70 anos na cidade de Adelaide desde 1992.
De acordo com o artigo publicado naquela revista especializada, a ideia era avaliar ao longo dos anos quais os factores sociais, físicos e psicológicos que afectavam a longevidade.
Como parte do estudo, os idosos foram questionados sobre a sua actividade social, como por exemplo o tempo que passavam com filhos, netos e parentes, quantos amigos tinham e que tipo de actividade social exerciam.
Nos anos seguintes, após as pessoas serem submetidas a diversas avaliações, os cientistas observaram que estatisticamente as pessoas que tinham uma rede maior de amigos sobreviveram mais tempo. Contudo, o índice de contacto com a família teve pouco impacto na longevidade.
A equipa de investigadores considera que, além do factor psicológico, os amigos encorajam mais os idosos a tomarem conta da sua saúde, reduzindo sentimentos de depressão e ansiedade nos momentos difíceis."
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in Diário Digital

15.6.05

Eu

Sou eu, quando te espero ao fim do dia, sem hora marcada. Sou eu, quando caio nos teus braços seguros, qual barco à deriva. Sou eu, sempre que as nossas bocas se tocam. Sou eu, quando te vejo a meu lado nos meus sonhos de futuro. Sou eu, quando choro por ti, por mim e por nós. Sou eu, sempre que me deito ao teu lado. Sempre que me ouves. Que te sinto. Que me tomas tua. Sou eu. Sou mais eu, contigo.

14.6.05

E pronto,

está terminada mais uma fase da minha vidinha. Já só falta a monografia, mas essa, só em Outubro é que começa a chatear. Meus amigos, estou oficialmente de férias!

13.6.05

A gente vai continuar

Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota
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Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar
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(...)
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by Jorge Palma
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Para todos aqueles que me acompanharam ao longo deste fatídicos 4 anos de curso. Todos. "A gente vai continuar!"

Forget, Forgot, Forgotten

Alguém se lembra do que é que nasceu este blog? Alguém se recorda do seu objectivo?... às vezes esqueço-me por que é que lhe chamei "Sempre Inocentes". Alguém se lembra?
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Melhor: Who cares?

Estou muito cansada,

ainda que isso pareça estranho depois de um fim-de-semana prolongado. Acontece que o problema foi mesmo esse. em três dias consegui fazer tudo o que andava para fazer há muito tempo de uma vez: fui três vezes à praia, trabalhei como previsto, arrumei o quarto, jantei duas vezes com amigos, namorei muito, acabei o livro que andava a ler, ouvi o novo CD pirata, fui ver 4 espectaculares concertos, sorri muito e diverti-me imenso. Claro que com tudo isto acabei por dormi metade do que é costume em três noites seguidas. É óbvio que estou cansada, mas feliz! A vida é feita disto!

9.6.05

rejeição

consigo ser do mundo só por devorar as letras daquele romance. e sei ser de todos, quando a melodia, embargada na mente, finalmente ganha força e e possui o ar à minha volta. sinto-me do mundo quando, descalça, procuro o fresco da tejoleira na varanda aquecida pelo sol e quando, nua, procuro o calor do teu corpo nos lençois frescos. sei ser de todos. e, às vezes, nem o mundo me quer.

Diferenças

Não sei o que me distingue de ti, da outra, daquele, de todos. Vivo num mundo igual ao de todos. Tenho uma vida igual à tua. Disponho das mesmas capacidades físicas que ela. Lá por ele ter a côr dos olhos mais afinada não quer dizer que veja melhor que eu. Somos, à partida, todos iguais. A diferença não existe. Existe a emoção, a razão, a perdição. Eu cedo de forma diferente a cada uma delas. Tu preferes explicar o amor. eu prefiro sentir a razão. A perdição?...
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somos fracos. perdemo-nos, todos. eu, tu, ela, ele. todos. uns por amor. outros sem razão.

Pensamento

Se fosse fácil, todos seríamos. Felizes, claro. eu sou de opinião de que ela está cá dentro. Resolvendo tudo cá dentro, percebendo os sinais exteriores, será sempre algo atingível. eu sou a prova viva disso. Acreditem-me.

8.6.05

Tartarugas


Hoje sonhei com tartarugas lindas, enormes, a nadar num mar muito azul. Tal e qual esta foto que encontrei.
Se é que os sonhos têm significado, gostaria de saber o deste.

7.6.05

Lena d'Água

Sempre achei interessante a figura desta portuguesa. Pelos mais variados aspectos. Não me perguntem o que é que me atrai na sua forma de estar, porque não saberei responder. Não sei se será a "água" do nome, as memórias de menina ou a sua voz quase inexistente.
Hoje, no regresso do trabalho, "ouvi" cá dentro aquela música:
"Sempre que o amor me quiser, basta fazer um sinal..." e depois também percebi que não me lembro do resto... Sei que no refrão ela dizia qualquer coisa como "... esquecer-me de ti... esquecer-me de ti..." e antes de lá chegar algo como "numa fogueira, que arde de paixão!". Sabe bem ouvi-la cá dentro. Pena que não a consiga ouvir toda!

Happiness

A minha semana começou apenas hoje e augura-se tranquila... quem semeia raios de sol colhe verões antecipados! Tenham dias felizes que eu já não sei dizer mais nada!

3.6.05

Carpe Diem

É só nisto que hoje tenho pensado: em aproveitar tudo, todos os bocadinhos, cada cheiro agradável, cada sombra fresquinha... e quando penso "o dia está a ser tão produtivo e simpático que só pode piorar", eis que me engano redondamente e só tem melhorado!
Divirtam-se, porra! Carpe Diem!

2.6.05

Desta é que é


Este fim-de-semana, nem que a vaca tussa. Vou soltar as amarras, fazer-me à ria e vou provar a água salgada do Atlântico, do lado de lá das ilhas barreira.

1.6.05

Hoje,

se me deixares adormecer no teu colo, vou sonhar connosco. Tenho saudades nossas.
O laranja fica-te bem. é do bronze. tás tão preta! 'tás gira!
E eu respondo, todos os dias, às pessoas que, insistentemente, me dizem isto:
ainda não fui à praia.
tenho vontade de escrever. sem parar. ouvir o toc das teclas do teclado. sentir doer o pulso direito. apetece-me escrever muito. para dizer o que vai cá dentro, para entender o que se passa cá fora. para saber onde estou. de onde venho. e para onde irei, nesta caminhada feita de letras. apetece-me escrever um livro. dois, três. tanto faz. apetece-me escrever. e tenho sempre algo que teclar. bom seria perder a auto-censura. escrever tudo. tudo mesmo. tudo aquilo que vai cá dentro. sem pensar nas maiusculas, como agora. ou nas palavras feias. ou nas mais adequadas. apetece-me escrever. e só isso. nem sequer sinto a necessidade de ser lida. hoje apetece-me mesmo só escrever para mim. ainda que nada diga. ou que diga muito.
adoro pontos finais. mais que os de exclamação. talvez da mesma forma como detesta a 3º, nas mudanças do carro. gosto mesmo é da marcha atrás e da quinta. nem sei porquê. há ainda tanto por descobrir.