31.12.04

O último do ano

"Lentas ou vertiginosas, pacíficas ou violentas, desejadas ou não, as mudanças promovem o progresso. Não te deixam estagnar ou murchar. Trazem abundância e riqueza de bens à tua porta, para que tenhas oportunidades na vida, porque o movimento é a manifestação suprema da vida e da prosperidade. A quietude e a rotina, pelo contrário, são sinónimos de estagnação e ocaso. Por isso decide-te e começa a mudar. Rende-te ao movimento e vê com outros olhos o curso da vida. Ela mesma te indica o momento propício para agires sem medo e aventurares-te a novos caminhos.
A mudança é um acto de fé. Nasce da luta entre o velho e o novo.Todas as mudanças respondem a forças superiores. Por isso não há motivo para te arrependeres da transformação."
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in I Ching, excerto do Hexagrama 49

30.12.04

Aqui vamos nós, 2005!

Estás preenchida emocionalmente, constataram há pouco, dizendo-mo. E se estou!!! Não entra nem mais uma agulhinha!!!!!! Isto é só emoções às cores!
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Agora a sério... vim deixar a todos os que lêem o Sempre Inocentes uma mensagem de um Feliz Ano Novo. Poderia ficar por aqui, mas não me apetece. apetece-me é escrever baboseiras. Disparates! Hoje estou assim, vá-se lá saber porquê!
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Como já tive oportunidade de afirmar em várias ocasiões, 2004 não foi um ano bonito na minha vida. À excepção do último trimestre, que me proporcionou as maiores alegrias dos últimos tempos. E isto porque descobri as soluções para os meus problemas. Encontrei a paz interior que há tanto procurava. Identifiquei os podres à minha volta e eliminei-os da minha vida. Identifiquei também [felizmente!] as pessoas que realmente me querem bem, sem interesses. Que me amam, num amor quase incondicional. Esta foi a melhor parte: separar o trigo do joio. Parece-me que o fiz na fase certa da minha ainda curta existência. E agradeço a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, me mostraram o caminho. Me revelaram o lado bom da vida. Me mostraram aquilo que não quero para a minha vida. Me iluminaram as noites terríveis de escuridão. Que foram meus amigos, portanto. E tudo nuns reles três meses. 2004 foi o melhor ano, pensando melhor...
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Para aqueles que me lêem [é para vós a mensagem] desejo que possam, em 2005, encarar a vida da forma como eu faço, depois destes três meses: com serenidade, tranquilidade, paz de espírito, harmonia com os outros e com o mundo... e com uma vontade enorme [descomunal!] de fazer melhor ainda! Que possam olhar para trás e acreditar que tudo - mesmo tudo - valeu a pena. Até o menos bom que encontraram pelo caminho. Será sinal que sabem onde está o bem, o bom, o que nos faz felizes!
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Epá... basicamente... livrem-se dessas pessoas que vos fazem mal!!! Sejam felizes em 2005, numa felicidade que dure tanto tempo quanto aquele que conseguirem gerir!
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Beijos do tamanho do mundo!
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[hoje estou assim, frenética! Desculpem lá, 'tá bem?]
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FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!! [gritar esta parte bem alto, que foi como a escrevi: aos gritos!!!]

29.12.04

Sexo

fecho os olhos e consigo descrever cada imperfeição do teu rosto. cada sinal das tuas costas. cada linha das palmas das tuas mãos. e se me deixar afundar num profundo silêncio, consigo ouvir a tua respiração compassada nas noites que partilhámos. se evitar movimentos, sinto as tuas mãos a percorrerem as minhas ancas, quando as puxas para ti. e sinto-te cá dentro, como se, mais uma vez, enaltecessemos o amor num gesto carnal.
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se agora aqui estivesses.

Lanche das 6

Se pudesse, comia-te. Papava-te. Depois nunca mais te via. Mas estarias no papo. Ai, se te papava! Hum...!

28.12.04

27.12.04

Com um brilhozinho nos olhos

Pela primeira vez em muito anos vou receber o novo ano com pessoas que me amam na proporção directa em que eu as amo. Pela primeira vez em muitos, muitos anos, vou receber o novo ano rodeada de pessoas que se adivinham verdadeiros amigos. Acredito que este ano, pela primeira vez em toda a minha vida, não vou chorar o 2004, às doze badaladas de 2005. Pela primeira vez, vou entrar num novo ano com pessoas que me fazem bem, que me deixam com um brilhozinho nos olhos. E fico assim... só consigo trautear a canção de Sérgio Godinho!
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"(...)
e com um brilhozinho nos olhos / tentámos saber / para lá do que muito se amou / quem éramos nós / quem queríamos ser / e quais as esperanças / que a vida roubou / e olhei-o de longe / e mirei-o de perto / que quem não vê caras / não vê corações / e com um brilhozinho nos olhos / guardei um amigo / que é coisa que vale milhões"
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poema de Sérgio Godinho

Sabedoria I

"O espírito é muito mais importante que o corpo. Assim sendo, e na medida em que é o estado do nosso espírito que, desde o nível mais baixo ao mais alto, nos permite suportar, ou apenas sentir, o sofrimento, nós deveríamos conceder uma muito maior importância à nossa forma de pensar. A preparação do nosso espírito é, pois, extremamente importante."
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texto by Dalai Lama, in "Sabedoria do Dalai Lama", prefácio e organização de Jean-Paul Bourre, Pergaminho, 2002
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Criatividade


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Na vida e na escrita. A criatividade é o limite. Sejamos criativos e alcançaremos a libertação.
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foto by YP

Espectros exorcizados

É mais fácil exorcizar os fantasmas da nossa alma enquanto se dorme. Estamos menos limitados pela realidade. Digamos que o surrealismo é mais presente, e nem sequer são precisas as drogas do costume. O sono ajuda a enebriar. O sonho é a prova disso.
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Se pudesse pintar ou escrever o de hoje, faria apenas um ponto negro na tela ou uma linha de pontos de exclamação direitinha e sem pontos finais. Finalmente exorcizados. Os maus fluídos foram de vez. E bastou um sono e um sonho. Assim que me vi acordada percebi: tudo se tornou mais claro.
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Enfrentei-os de frente no sonho, porque fazê-lo na realidade, iria humilhar e derrotar muito boa gente. Iria fazer sofrer essas pobres almas que julgam tudo poder. Que julgam tudo ter. O sonho permitiu-me resolver-me por completo. E sinto-me melhor do que se tivesse feito sofrer alguém. A vingança não faz parte do meu vocabulário real. Basta-me que me sinta resolvida. E sinto, agora, que posso convidar quem quer que seja para se sentar comigo à minha mesa. É uma estupidez ter medo de gentinha de merda.
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2005, estou pronta para te receber! Vais ver como serás um bom ano, se me ouvires e se tentares, também tu, exorcizar esses fantasmas que te atormentam!

23.12.04

Obrigado!

Sinto-me uma mulher ainda mais feliz! Adoptei uma cadelinha com 3 mesinhos no Canil de Olhão! A minha mãe vai chorar de alegria! É linda e vai chamar-se Luna. Para os curiosos é de raça "Royal Street Dog", made in Canil de Olhão!
A "culpa" desta prenda de Natal é da Bastet! Obrigado! Mesmo a sério!

22.12.04

O Nosso Natal

Recordo com saudade o Natal de 85, passado em Santo André, na casa da minha tia Antónia. Morávamos ainda no Seixal, e os meus pais alugaram uma carrinha de 9 lugares para transportar as três filhas, os avós maternos e muitas, muitas prendas. Foi uma viagem como as de muitas crianças. Cantámos muito, contámos os carros vermelhos, contámos as matrículas começadas por D... Tomámos Vomidrine para não vomitar, prometemos portarmo-nos bem... As coisas do costume. E lá fomos. Foi o Natal mais feliz. 6 adultos, 7 crianças e dois cães. Todos debaixo do mesmo tecto, em frente à lareira quentinha da casa da tia Antónia.
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Lá em casa nunca houve a tradição do Pai Natal. É o menino Jesus e respectivos figurantes que fazem parte das minhas recordações de menina. Lembro-me, nesse mesmo Natal de 85, de me ter ajoeilhado frente ao presépio (daqueles mesmo espectaculares, com água, montanhas, muitas luzes, musgo apanhado no cemitério... lindo!) para pedir um Natal Feliz, cheio de paz e harmonia para todos os presentes e ausentes. Lembro-me também de ter achado estranho que tivéssemos de deixar os sapatos junto à lareira para o Pai Natal deixar os presentes. Até porque eles tinham vindo connosco. Mas enfim, sabia que o Pai Natal não existia, naquela altura acreditava no Jesus.
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Durante ano recordei aquele Natal para me dar alegria para os vindouros. E sempre me senti muito feliz nesta época. Mas este ano, que afinal se revelou muito bom para mim e para os meus, tem-me deixado triste. Não propriamente de uma tristeza triste, mas melancólica, nostálgica. A minha mãe tem chorado muito. Sente a falta do meu avô, que morreu três anos depois daquele Natal feliz, em Santo André. O meu pai não demonstra, mas anda triste. Não sei bem porquê. A minha avó, viúva desde 88, chora sempre que vê um spot publicitário cuja música de fundo é natalícia.
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Estão crescidos, sentem saudades dos que não estão já por cá. Sentem saudades, se calhar, de Natais mais felizes, quando éramos muitos, vivos, felizes. Éramos muitos. e era sempre tão feliz, aquele momento, do dia 25 de manhã (madrugada!!!) em que eu, as minhas irmãs e os meus primos acordávamos toda a casa para abrir presentes, comer bolo rei torrado... Era tão bom... também sinto saudades. Também me sinto nostálgica, este ano. Se calhar também cresci.
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É a pura e cruel lei da vida - a substituição. Vão-se uns, nascem outros. Este ano seremos 8 adultos, 3 crianças e um monte de peixinhos de água quente. O Ruka também já cá não está. O meu avô... há muito que se foi. A minha avó desejava já estar com ele.
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Vai ser um Natal diferente. Mas não menos feliz. Apenas mais nostálgico.
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Do fundo deste coração pequenino que ainda me acompanha, desejo que possam agradecer o dia que vão ter. Junto dos vossos adultos, crianças e animais. E que possam fazer das palavras fraternidade, tolerância, amor e partilha leis da vossa vida. Não me façam o favor: sejam mesmo felizes.
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Um beijinho grande

21.12.04

Calores

Envolta naqueles tecidos macios nada mais lhe ocupava a memória senão as noites passadas ao relento. Hoje o dia fôra diferente. Alguém caridoso tivera a amabilidade de a levar para um recinto fechado. E este era pequenino, acolhedor, nada comparado com o armazém dos bombeiros voluntários.
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O olhar perdia-se facilmente noutros pensamentos enquanto contemplava as chamas que se erguiam dos toros de laranjeira. A infância marcada pelos banhos felizes dentro dos alguidares muito largos. A pré-adolescência ainda na escola sempre com o escalão A para ajudar. A juventude esquecida em detrimento do trabalho duro. Os vinte dedicados à má-vida. Os trinta... esquecera-os por completo. O que teria feito durante estes últimos 13 anos? Não tinha memórias... Mas o lume mostrava-lhe, agora, que sentia o seu calor, que afinal existira uma vida além daquela que escolhera, há muitos anos atrás.
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Perdera a esperança, mas hoje, que alguém lhe estendera a mão, acreditava que era possível fazer melhor. Que era possível, inclusive, voltar a acreditar nalguma coisa. Fora o calor que lhe conduzira os pensamentos neste sentido. O calor das chamas da lareira, dos tecidos macios e tépidos em que se enrolava, da sopa condimentada e bem quente, do amor gratuito que recebera das mãos de alguém. E agora sentia-se mais quente. Mais poderosa para enfrentar o dia seguinte. E sentia-se decidida a recordar o que a levara, há tantos anos, a escolher as ruas da amargura para habitar.

20.12.04

Sonoridades II

Estou farta de chorar. De alegria. Estranho... Ouço-me por dentro e é isto que acontece.

Sonoridades I

Tentei mas não consegui. Como se escreve o som de uma gota com sabor a sal a rebolar na face e a cair no teclado do computador?

Transparência

Decidira, há alguns anos, tornar-se transparente aos olhos dos outros. De início foi engraçado escutar conversas sem ser notado, presenciar momentos sem deixar marcas. Sentava-se nas esplandas dos cafés a ver passar a vida e ela nem dava por ele. E, assim, foi conseguindo manter-se alheado das coisas que não lhe interessavam.
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Pior foi quando precisou que o notassem. Havia aquela rapariga, ligeira e segura, que passava por ele sem sequer o sentir. Havia o senhor do café onde se sentava e que, agora, já não o via. Havia o condutor do autocarro, que agora já não parava para o fazer subir. Havia o vizinho do 4º esquerdo que fechava a porta do elevador sem lhe perguntar se subia. Começava a incomodá-lo, esta coisa de ser transparente.
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É que, de tanto querer não ser notado, acabou por desaparecer, na forma física que lhe era natural. Anulara-se. Eliminara-se. Rescindira involutariamente daquilo que era fisicamente. Mas no peito, que agora não existia, permaneciam os sentimentos. Os homens transparentes também têm coração!!!
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Vivia triste e amargurado com a sua transparência efectiva. Mas fora ele que escolhera não ser notado. Agora, conforme a solidão exterior se ía condensando, por dentro, no corpo que não existia, nasciam nuvens escuras, cumulonimbos. E quem por ele passava agora, abria o guarda-chuva, com medo da tempestade. Fazia-se notar, agora, através da densidade da nuvem gigante, cinzenta, quase negra.
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Fazia-se sentir. Pelas tempestades que transportava dentro de si.
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17.12.04

Cantos Corais

Todos sentados, à espera. No palco, o púlpito do maestro, as pautas alinhadas. Nos bastidores, duas dezenas de vestidos azuis passeaim-se com ligeireza. Eu, em estado de ebolição.
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10 minutos. 10 minutos bastaram para que o meu nervoso miudinho fosse substituído pela admiração. Foram duas horas de cantos magníficos, arrepiantes, altamente revigorantes.
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O cenário: perfeito. A acústica: perfeita. O ambiente: perfeito. A noite: perfeita.
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Gostava de poder viver eternamente aquele sentimento de elevação, quase nirvana.
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Elementos Celestiais

Ser celestial. Que me completas na mais profunda perfeição. Que me orientas na noite escura, iluminando o meu pensamento. Que me elevas aos céus, esses que são teus, cobertos de estrelas brilhantes e azuis inalcansáveis. Nasceste para me protegeres. És tu o meu anjo-da-guarda.
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Elementos Celestiais, by Susana Paixão, 2004

15.12.04

Mia Couto

Para ti, Sunny.
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Não é difícil gostar de ti, "Terra Sonâmbula"*. A tua desarrumação aparente encanta-me, ainda que o cenário seja tão sofrido. É difícil passar por ti desta forma quente, desprendida, irónica e hilariante sabendo que foste, antes de sonâmbula, bem viva nas histórias contadas por quem te viveu. Ninguém como tu sabe da história da guerra vivida pelos homens sós numa paisagem enebriante e destruída.
Passando por ti à distância obrigatória da leitura, ouço-te os sons que tão bem me trouxeste com letras.
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* romance de
Mia Couto

Disfarce


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é brincando que me encontro na felicidade construída pelos outros. a minha?... deixei-a dentro de uma arca antiga, sem código ou chave mas ainda assim impenetrável. deixei-a no coração de uma mulher.

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Sofrida. Queimada. Findada.
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os sorrisos abertos que agora não sinto, multiplico-os nos rostos das crianças dos outros. chega-me uma máscara.

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Sentida. Pintada. Fingida.

Depus a máscara, by Mário Sousa, in 1000imagens.


13.12.04

[Esclarecimentos]

Para que não hajam confusões acerca da autoria das fotos publicadas neste blog esclareça-se o seguinte:
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- Nunca foi, nem será, minha intenção, recolher, injustamente, os louros dos autores das fotografias;
- Em momento algum referi como minhas as fotos publicadas;
- Tento sempre publicá-las com link para a página referente aos autores das mesmas, embora nem sempre funcione;
- Não sei tirar fotografias bonitas;
- De hoje em diante serão escritas as referências das fotografias desde que identificadas nas fontes onde são recolhidas;
- De hoje em diante vou simplesmente apagar comentários cuja origem não seja dada a conhecer, nomeadamente através de um e-mail ou de uma homepage que exista.
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E acrescento: o objectivo foi sempre o de adornar as palavras, promovendo o bom gosto pela imagem. Já agora, para os dois ou três indivíduos do mundo que ainda não conhecem o 1000 imagens, aqui fica o link para este site fantástico de fotografia pretensamente amadora, do qual se podem copiar imagens sem qualquer restrição tecnológica.
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Aproveito também para pedir desculpa aos autores das fotos publicadas que se sintam, de alguma forma, lesados. Se assim fôr, por favor contactem-me. Serei solícita em retirá-las daqui.

12.12.04

Sem título

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Para onde vais? Levas-me contigo?
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Escrever

Houve dias em que soube porque é que escrevia. Agora é só mesmo um impulso que me faz bem, qual descongestionante nasal. É uma espécie de higiene quase diária. Sabe-me bem escrever, só por escrever. Sem metas, objectivos, motivos... Escrever só por escrever. Assim como quem dorme a sesta depois de almoço. Como quem apanha papoilas vermelhas só para as ver de perto. Como quem abre um livro para lhe sentir o cheiro.
Escrever só por escrever. Nem sei porque escrevo.

Decisões

Desta vez era a sério. Ía mesmo mudar. E não exteriormente, que isso é coisa que fazem aqueles que não têm coragem para mudar por dentro. Daquele dia em diante, prometera a si mesma, iria ser mais tolerante, menos exigente e serena. Debruçar-se-ia sobre temas que sempre lhe interessaram, ponderaria as respostas a determinadas perguntas., tomaria as decisões com calma, sem emotividade.
Agora, que sabia que caminho escolher, seria mais fácil, também, afastar de si as coisas que, definitivamente, não queria ter por perto. Estava determinada. Daquele dia em diante, seria mais ela.
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E foi.

10.12.04

?

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Quem sou eu que, nos sonhos tardios, se inclina sobre ti, criatura? E quem és tu que, nos sonhos vespertinos, me levas a lugares virgens? Quem somos nós que, nesta dança descoordenada, nos queremos e apartamos sem rodeios?

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Fingidos? Fumo? Fantasia?
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Mentiras Correntes

Vou ali, já venho, agora não tenho tempo.
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Não vi a tua mensagem.
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Hoje não posso, já tenho coisas combinadas.
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Serei sempre tua amiga.
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8.12.04

O Nascimento




Nem sequer sou religiosa, mas emociona-me sempre o facto de se comemorar o nascimento de alguém. Gosto de aniversários. E a este, ao que parece, ninguém falta! Votos antecipados de um Feliz Natal para todos!

7.12.04

Caminhos



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Não sei se me hei-de deixar levar nos teus caminhos, se me deixe ficar onde estou. Só quero que olhes sempre por mim. Desta vez prefiro deixar-me ser conduzido.
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6.12.04

Preisner, sons e emoção


A simbiose que desconhecia e que fiquei a amar, ao conhecer pessoalmente o senhor Preisner. Zbigniew Preisner. Primeiro ouvi-lo falar com a mais verdadeira modéstia sobre a sua obra vastíssima na composição de bandas sonoras. Depois ao vê-lo corar quando o público o aplaudio de pé. Depois ainda vê-lo fugir das pessoas que o elogiaram. Depois cá fora, quando trocámos palavras breves. Quando o levámos ao hotel, por ficar de caminho. Depois quando nos cruzámos novamente no final da noite. Ele e nós, já com os copos. Foi uma sensação de empatia à primeira. Uma sensação de veneração por sabê-lo tão grandioso na arte de fazer música. Sublime, quase. A trilogia Azul, Vermelho e Branco, a Dupla Vida de Verónique, Secret Garden e outros filmes que apenas conhecia de nome, passaram a fazer parte daquelas coisas que vou levar comigo até à velhice.
Preisner apaixonou-me. Mostrou-me o quão importantes podem ser as bandas sonoras em determinados filmes. Em como há imagens que só acompanhadas de melodias simples, intensas e profundas fazem sentido.
Fiquei fã, no passado dia 3, nos VIII Encontros de Cinema, no lindíssimo Teatro Lethes, em Faro.

5.12.04

Domingos

Está um lindo dia no Algarve. Para comer bolachas maria barradas com marmelada caseira, enquanto se fala do futuro promissor que nos aguarda. Lá fora até pode chover, mas por aqui o sol vai brilhar até nós querermos. É que está um dia lindo de quase Inverno.

4.12.04

De olhos fechados, outra vez

Não sei se todos terão reparado, mas os mais atentos concerteza que sim. O post intitulado "De olhos fechados" e respectivos comentários foram dar uma curva... não sei bem porquê, até porque num momento estava lá, no seguinte nem por isso! Como sou teimosa como uma porta fechada, aqui vai novamente o texto e a foto. Não na sua forma original, porque não se escreve duas coisas iguais. Mas a essência deverá estar lá.
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Há coisas que têm sabores diferentes dependendo da forma como as provamos. De olhos abertos e de olhos fechados. Andar numa montanha russa. Sexo. Chorar. Sonhar. Beber água de um chafariz.
De olhos fechados escondemos o medo de sermos descoberto. De olhos abertos perdemos a inocência dos gestos.
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Era mais ou menos isto, não era? A quem teve a amabilidade de fazer desaparecer o post do seu devido lugar o meu muito Obrigado! Podia ter apagado todos, mas não o fez! Agora é tarde demais! A password foi alterada!
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Seguem-se os respectivos comentários, então escritos neste post:
Asul: não serão os olhos abertos a manifestação de inocência?
Jorel: Como é que se consegue chorar de olhos fechados?
Ismael: Ah, então é por isso que não se deve confiar em quem beija de olhos abertos.
Inês: lindo post. bravo!
José Farinha: por acaso eu acho, como diz o asulado acima, que os olhos abertos são a expressão da própria inocência, que nos dá força para assumir e viver o risco da experiência total, que também é visual... mas eu sou homem, deve ser por isso.
Charneca no Inverno: concordo contigo. Bonito.
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E pronto! Assunto resolvido!

2.12.04

Luzes

Hoje senti nascer cá dentro de mim uma luz. Pequenina, mas que me inspira muita confiança. Confio nela. Vai dar-me maiores alegrias. Vou levá-la comigo para onde quer que vá. Porque são assim, as luzes que nascem dentro do peito.